ANAC autoriza entregas por drone

27 maio 2022

Você provavelmente conhece, ou ao menos já ouviu falar, dos drones. Eles fazem parte de uma lista de tecnologias que prevê mudanças, em um futuro próximo. Caso você ainda não tenha certeza do que se trata, não se preocupe, o Tudo Tecnologia preparou esse artigo para você.

Além de falarmos o básico sobre esses dispositivos, iremos tratar de uma notícia extremamente positiva para quem já é fã dos drones. A Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC, autorizou, recentemente, o uso da tecnologia para realização de entregas comerciais. Sem dúvidas, é um fato que mostra como os drones podem estar cada vez mais presentes em nosso cotidiano.

Sem mais delongas, navegue pelos tópicos:

Drone, uma tecnologia para o futuro
Drone, uma tecnologia para o futuro

O que são drones

Primeiramente, vamos falar um pouco sobre os dispositivos em si. Em resumo, drone é um tipo de aeronave, podendo também ser chamado de “VANT”, uma sigla que determina um “Veículo Aéreo Não Tripulado”. Outro nome para os drones é “Aeronave Remotamente Pilotada”, encontrada com a sigla “ARP”. Em inglês, a tecnologia recebe o nome de “UAV”, sigla para “Unmanned Aerial Vehicle”.

A origem do nome “drone” também vêm do inglês, uma vez que a palavra pode se traduzir para “zangão”. Caso você não se recorde, zangão é como chamamos os machos de diversas espécies de abelhas. Os dispositivos eletrônicos receberam esse nome pelo barulho que emitem, similar ao desses insetos.

Uma breve história dos drones

Vamos entender um pouco melhor a origem e a evolução da tecnologia dos drones.

Os primeiros drones

Quem recebe os créditos como inventor da tecnologia dos drones é o engenheiro espacial Abraham Karem. Nascido em Bagdá, Abraham cresceu em Israel e morou por muito tempo nos EUA, onde desenhou os primeiros veículos aéreos não tripulados. Inicialmente, o recurso foi pensado para uso em meios militares, principalmente para reconhecimento de áreas potencialmente perigosas, ataques e espionagem.

Historicamente, a primeira vez que tivemos a utilização de um veículo aéreo não tripulado foi em 1849. Foram usados balões por forças militares austríacas, atacando a cidade de Veneza. Porém, os drones mais próximos do que temos, atualmente, começaram a surgir nos anos 60.

Durante os anos 80, a tecnologia teve uma de suas maiores explosões em popularidade, sobretudo, no uso militar. Em 1982, Israel comandou diversos veículos aéreos não tripulados ao lado de naves convencionais, em confrontos contra a Síria.

Drones comerciais

Saindo do contexto militar, os drones começaram a ser pensados para uso comercial, por volta de 2006, de acordo com um relatório de pesquisa publicado pelo Wall Street Journal. Foi nesse ano que a Administração Federal de Aviação, FAA, emitiu uma licença comercial para os drones. A FAA é a agência estadunidense que regula todos os aspectos da aviação nos EUA.

No ano de 2013, a gigante empresa Amazon anunciou que planejava utilizar drones para realizar algumas entregas de diversos de seus produtos. Por se tratar de uma das maiores empresas do mundo, o anúncio do uso da tecnologia fez com que a sua popularidade explodisse novamente.

Em 2015, a FAA emitiu cerca de 1000 licenças para utilização de drones comerciais. No ano seguinte o número já havia triplicado, cerca de 3000 drones poderiam circular comercialmente nos EUA. Esse número cresceu nos anos seguintes, assim como a popularidade das aeronaves, o que levou a FAA a criar diversas regulamentações.

No início de 2021, foram anunciadas diversas medidas para controlar o uso das aeronaves não tripuladas. Um dos principais recursos será a obrigatoriedade do “Remote ID”, uma identificação única para cada aeronave, que transmite a localização do dispositivo em tempo real.

Quem deseja controlar um drone, hoje, nos EUA, precisa ter uma Remote ID regularizada para a sua aeronave. Além disso, as áreas de voo são restritas, e assim, você não pode voar com um drone em qualquer lugar. Também há uma série de regras que determinam o tamanho e peso máximo dos drones, dentre outras obrigatoriedades.

 A ANAC e autorização

Em janeiro de 2022, tivemos uma notícia que mostra os primeiros passos para a utilização comercial de drones no Brasil. A ANAC, órgão similar a FAA dos EUA, concedeu a primeira autorização para uma entrega utilizando um drone.

A Agência Nacional de Aviação Civil autorizou a fabricante “Speedbird Aero” a realizar entregas comerciais com o uso de veículos aéreos não tripulados em território brasileiro. Trata-se da primeira autorização cedida para uma operação comercial de drones, a fim de realizar entregas de produtos.

O modelo autorizado é chamado de “DLV-1 NEO”, e ele está autorizado a operar em rotas que estejam além da linha visual do piloto. O termo técnico para essas rotas é “BVLOS”, sigla em inglês que determina “Beyond Visual Line Of Sight”.

A expectativa é de que o DLV-1 NEO realize entregas de produtos com até 2,5Kg, em um raio de, no máximo, 3 Km. Considerando o peso e a distância, imagina-se que o drone vá ser utilizado para entrega de alimentos e pequenos produtos, em delivery.

Para o superintendente de Aeronavegabilidade da ANAC, Roberto José Honorato, a autorização merece destaque por ser pioneira e abrir as portas para um futuro com mais drones. Roberto declara: “No processo que levou a esta aprovação, as características técnicas foram exploradas, com base em requisitos de segurança. A utilização de drones para entrega de mercadorias é uma das mais esperadas aplicações da tecnologia. O Brasil está na vanguarda.”

A autorização

O processo que resultou na autorização emitida pela ANAC foi um tanto quanto complexo, e tomou certo tempo para se concluir. Foram cerca de 8 meses de trabalho e desenvolvimento, por parte da “Speedbird Aero”, juntamente com a empresa “AL Drones” e a própria Agência Nacional.

O trabalho ainda contou com operações conduzidas pelas Superintendências de Aeronavegabilidade (SAR) e pelas Superintendências de Padrões Operacionais (SPO), dois setores da ANAC. Foi necessária a criação de todo um protocolo de segurança, através de um processo amplo de avaliações, que estudavam as possibilidades de resultados adversos.

Portanto, houve todo um trabalho em conjunto, envolvendo muito estudo e análise de dados e possibilidades. Foram emitidos diversos relatórios durante o processo, tais como “Relatório de Análise de Segurança” e “Manual de Operação”. Todos esses documentos podem ser pesquisados e acessados no site oficial da ANAC, de domínio do governo, aqui.

Em conclusão, o Brasil dá os primeiros passos para a utilização comercial de uma das tecnologias que mais prevê mudanças em todo o mundo. O Tudo Tecnologia espera que você não tenha mais nenhuma dúvida sobre os drones, e que esteja por dentro da notícia, que prevê a sua expansão no país.

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